terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Divisão no treino de Musculação parte 2

   5º SÉRIE DIVIDIDA | A, B, C: TREINAR CADA GRUPO MUSCULAR 2X NA SEMANA | 72H INTERVALO.
     Esse tipo de divisão é muito desgastante e só deve ser usado por alunos com alto grau de treinamento ou fisiculturistas, devido suas características recomendamos que os alunos treinem força máxima SEG,TER,QUA e hipertrofia QUI,SEX,SAB. (Neto, 2009).

     6º SÉRIE DIVIDIDA | A, B, C, D – A, B, C: TREINAR CADA GRUPO MUSCULAR 1X NA SEMANA | 120H INTERVALO.
       Esse tipo de divisão é muito interessante para alunos intermediários evitarem o overtraining, pois são realizados em ciclos de 15 dias. Nesse modelo, o aluno usa a 1º semana para treinar musculação 4 vezes com carga máxima concêntrica, já na 2º semana ele utiliza cargas estabilizadoras com até 80% das repetições máxima.
     Essa alternância nas cargas e freqüência de treinamento, é muito interessante pois aumenta os períodos de supercompensação e maximiza a hipertrofia muscular. (Neto, 2009).

7º SÉRIE DIVIDIDA | A, B, C, D: TREINAR CADA GRUPO MUSCULAR 1X NA SEMANA | 120H INTERVALO.
      Nesse modelo o aluno treina em dois dias consecutivos ou em dia alternados, ele tem a vantagem de promover a completa recuperação dos grupos musculares. Os alunos devem treinar os grupos musculares mais fracos no 1º e 2º dia de treinamento para buscar equilíbrio no seu corpo. (Neto, 2009).

8º SÉRIE DIVIDIDA | A, B, C, D, E ou A, B, C, D, E, F : TREINAR CADA GRUPO MUSCULAR 1X NA SEMANA | 120H INTERVALO
       Esse modelo deve ser usado por alunos avançados ou fisiculturista, tem como vantagens treinar somente 1 grupo muscular grande por dia e proporcionar tempo para realizar o treino aeróbio. Os alunos devem treinar os grupos musculares mais fracos no 1º, 2º e 3º dia de treinamento para buscar equilíbrio no seu corpo. (Neto, 2009).


             Conclusão
     Respeitar o tempo de recuperação entre as sessões musculação é fundamental para evitar as barreiras de treinamento e continuar crescendo. À medida que o numero de sessões aumenta se faz necessário um planejamento mais detalhado para que ocorra a completa recuperação e supercompensação do músculo.
      As horas de sono, dieta e suplementação também devem ser levados em consideração na hora de dividir a série de treinamento, pois muito alunos tem distúrbios de sono ou não se alimentam direito e isso aumenta o tempo necessário para recuperar o músculos.
Alunos iniciantes devem treinar cada grupo muscular de 3 a 4 vezes na semana até o 3 mês de treinamento, já os intermediários não devem realizar treinos de hipertrofia mais que duas vezes na semana.

  1. BADILLO, Juan J. G.; AYESTARÁN, Esteban G. Fundamentos do treinamento de força: aplicação ao alto rendimento desportivo2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001
  2. BOMPA, Tudor O. A periodização no treinamento desportivo. São Paulo: Manole, 2001.
  3. BOMPA, Tudor O.; CORNACCIA, Lorenzo J. Treinamento de força consciente. São Paulo: Phorte,2000.
  4. FLECK, Steven J. ; KRAEMER Willian J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
  5. WEINECK, J. Treinamento ideal. 9. ed. São Paulo: Manole, 1999.
  6. VERKHOSHANSKI, YV Hipertrofia Muscular: Body-building. Editora Ney Pereira, Rio de Janeiro, 2003

você sabe fazer uma divisão no treino de musculação?

10 formas de dividir seu treino de musculação

CLASSIFICAÇÃO DOS ALUNOS:
  • Alunos Iniciantes: Alunos adolescentes ou adultos com menos de seis meses de treinamento que não tem grande experiência motora, ou seja, não fizeram mais de 5 exercícios diferentes por grupo muscular e que não fazem uma dieta específica para alcançar seus objetivos.
  • Alunos Intermediários: Alunos com mais de seis meses de treinamento que já fizeram mais de 5 exercícios diferentes por grupo muscular e que fazem uma dieta específica para alcançar seus objetivos.
  • Alunos Avançados: Alunos com mais de dois anos de treinamento com vasta experiência motora que fazem uma dieta e uso de suplementos específicos para alcançar seus objetivos.

A seguir vamos descrever os tipos de divisões com um breve comentário sobre cada uma delas:

1º SÉRIE ÚNICA  (A): TREINAR O MESMO GRUPO MUSCULAR 3 A 4 X NA SEMANA
     Essa divisão deve ser usada por iniciantes até o 3º mês de treinamento ou em semanas recuperativas para alunos intermediários ou avançados.
        Esse tipo de divisão é muito produtivo, pois, possibilita o estimulo do mesmo músculo de 3 a 4 vezes na semana, como as cargas são baixas e o desgaste a recuperação acaba sendo rápido o que possibilita uma elevação rápida dos níveis de força. (Bacurau, 2009). 

   2º SÉRIE DIVIDIDA | A, B: TREINAR CADA GRUPO MUSCULAR 2 OU 3X NA SEMANA | 48H A 72H INTERVALO
    Essa divisão da série de musculação deve ser usada por alunos intermediários com até 12 meses de treinamento tanto para os treinos de força máxima como para os treinos de hipertrofia, usar protocolos de seis dias com 1 exercícios por grupo muscular 3x na semana é muito produtivo no aumento da força e hipertrofia muscular.
    Os alunos avançados devem usar para realizar treinos mistos com séries de força máxima as segunda-feira e terça-feira e hipertrofia muscular quinta-feira e sexta-feira. (Bacurau,2009).

3º SÉRIE DIVIDIDA | A, B, A –  B,A,B: TREINAR CADA GRUPO MUSCULAR 1 A 2X NA SEMANA | 72H INTERVALO
    Esse modelo de divisão da série de musculação é muito interessante para os alunos intermediários que tem somente 3 dias para treinar, eles podem realizar um treino de força e hipertrofia na 1º semana e somente hipertrofia na 2º semana. (Neto, 2009).

4º SÉRIE DIVIDIDA | A, B, C: TREINAR CADA GRUPO MUSCULAR 1X NA SEMANA | 120H INTERVALO.
     Esse tipo de divisão deve ser usado por alunos intermediários e avançado, tem como ponto positivo a completa recuperação dos grupos musculares treinados. Porém, devido a sua característica os grupos musculares pequenos acabam não sendo estimulados da melhor forma.
A solução para esse problema é colocar o bíceps no treino de peito e ombros e o tríceps no treino de costas e trapézio. (Neto, 2009).

5º SÉRIE DIVIDIDA | A, B, C: TREINAR CADA GRUPO MUSCULAR 2X NA SEMANA | 72H INTERVALO.
    Esse tipo de divisão é muito desgastante e só deve ser usado por alunos com alto grau de treinamento ou fisiculturistas, devido suas características recomendamos que os alunos treinem força máxima SEG,TER,QUA e hipertrofia QUI,SEX,SAB. (Neto, 2009)...Continua...........

CAFEÍNA- SAÚDE E PERFORMANCE


     Como há ainda uma grande desinformação sobre a cafeína e devido às perguntas enviadas para a FitFazio - Saúde & Fitness questionando sua eficiência e possíveis malefícios para a saúde, venho trazer uma luz a respeito desta substância existente nas plantas mais consumidas na atualidade. Contrariando a crença popular, cada vez mais as pesquisas apontam que o uso moderado e regular de bebidas que contenham cafeína pode ser benéfico à saúde

        Vamos então explorar ao máximo do que se tem na atualidade sobre esta substância que após ser avidamente absorvida pelo trato intestinal entrar na corrente sanguínea, é distribuída a todas as células do organismo, onde penetra livremente. Atravessa ainda a placenta em gestantes e está presente no leite materno em lactantes que fazem uso de bebidas que a contém.
      A meia-vida (tempo de ação no organismo) da cafeína apresenta uma grande variação individual, oscilando entre 3 e 7,5 horas em indivíduos normais e alcança concentrações plasmáticas máximas cerca de 1 hora após a ingestão.
Sua ação sobre os sistemas nervoso, cardiovascular e muscular, além de sua ação lipolítica (uso da gordura corporal) e poupadora de carboidratos será colocada no texto a seguir.


CAFEÍNA X DEPENDÊNCIA

         Uma das primeiras perguntas que vem a cabeça é: a cafeína causa dependência? Então vamos definir o que vem a ser dependência - segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), "é um estado psíquico, e às vezes físico, causado pela ação recíproca de um organismo vivo e uma substância química, que se caracteriza por modificações no comportamento e por outras reações que compreendem sempre um impulso irresistível para tomar o fármaco (ou tóxico), contínua e periodicamente, de maneira a experimentar seus efeitos psíquicos e, às vezes, para evitar o mal-estar produzido pela privação da substância. 
    Uma mesma pessoa pode ser dependente de uma ou mais substância?



      Então, conhecendo a definição devemos saber que a cafeína causa um hábito onde é possível a sua parada lenta e gradual, sem qualquer problema. A parada brusca da ingesta de cafeína por uma pessoa acostumada e tolerante a grande quantidades pode causar manifestações tais como dor de cabeça, apatia ou irritabilidade, dificuldade de concentração e ansiedade. A tolerância é um estado de adaptação caracterizado por uma diminuição da resposta e dos efeitos a uma mesma quantidade do fármaco ou tóxico, o que gera a necessidade de uma dose maior para provocar o mesmo grau de efeito.


          Onde encontro a cafeína?

A cafeína pode ser encontrada em bebidas, plantas e remédios diversos, coloco aqui a quantidade existente em alguns compostos.

  • Níveis de cafeína por volume de 150 ml 
Café (280 ml)............................................................... 230 mg
Café descafeinado ....................................................... 1 - 5 mg
Café preparado por percolação .............................. 40 - 170 mg
Café preparado por gotejamento ........................... 60 - 180 mg
Café solúvel ........................................................... 30 - 120 mg
Chá preparado ......................................................... 20 - 110 mg
Chá instantâneo ........................................................ 25 - 50 mg
Chocolate ................................................................... 2 - 20 mg
Coca Cola ........................................................................ 45 mg
Diet Coke ......................................................................... 45 mg
Pepsi Cola ......................................................................... 40 mg
Refrigerantes diversos (cola e graraná - 330ml) ............. 2 - 20 mg
Medicamentos analgésicos, diuréticos ...................... 30 - 200 mg

Remédios para resfriados e alergias ........................... 30 - 100 mg

  • Química da cafeína
       A cafeína, juntamente com a teofilina e a teobromina, é uma substância química derivada da xantina, que se encontra na natureza nas plantas consumidas pelo homem. Enquanto a teofilina e a teobromina apresentam duas metilas, a cafeína possui três: 1,3,7-trimetil-xantina.

      A xantina por sua vez é uma substância química derivada da purina: é uma dioxipurina, estruturalmente relacionada com o ácido úrico. As purinas do organismo são a adenina e a guanina, que juntamente com as pirimidinas (uracil, timina e citosina), formam compostos heterocíclicos que fazem parte dos nucleotídeos, elementos estruturais do ADN e ARN. É possível imaginar-se que a cafeína possa servir como substrato para a formação de um metabólito - as purinas - para a síntese das nucleoproteínas, tendo a cafeína um papel semelhante a uma vitamina. Esta hipótese, caso confirmada, justificaria a predileção da espécie humana por bebidas que contém cafeína, pois estaria ingerindo uma vitamina fundamental para o funcionamento e crescimento celular normal.


EFEITOS DA CAFEÍNA NO NOSSO ORGANISMO
SISTEMA CARDIOVASCULAR 

     A ingesta de 250 mg de cafeína, equivalente a duas a três xícaras de um café forte, por uma pessoa que não faz uso regular da bebida, causa aumento da freqüência cardíaca (FC), podendo haver palpitações devido a extra-sístoles e aumento da pressão sanguínea arterial. Ao mesmo tempo, a cafeína causa vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo tecidual, incluindo as coronárias e o fluxo sanguíneo coronariano.
       Os vasos sanguíneos cerebrais, por sua vez, apresentam diminuição do calibre, com aumento de sua resistência à passagem do sangue. Essa propriedade de contrair os vasos cerebrais justifica o emprego da cafeína no tratamento de crises de enxaqueca, onde a vasodilatação existente é responsável pelo quadro, e é combatida pela cafeína.
       O uso regular da bebida, por um período curto de dois a quatro dias, já muda a resposta do organismo aos efeitos da cafeína. Desenvolve-se uma tolerância, e o uso prolongado não causa mais qualquer tipo de alteração na pressão sanguínea, FC, níveis de renina o adrenalina ou fluxo de sangue nos tecidos.

Então, pessoas portadoras de hipertensão arterial, ou que estejam em tratamento devido a cardiopatia isquêmica com crises de angina, devem Ter cautela na ingesta de altas doses de cafeína, pois a taquicardia que uma dose aguda causa pode ser prejudicial para esse grupo de pacientes.


          SISTEMA RESPIRATÓRIO


         A cafeína possui dois efeitos importantes no sistema respiratório: estimula os neurônios do centro respiratório, aumentando, embora discretamente, a freqüência e a intensidade da respiração, e possui um poderoso efeito broncodilatador. Essas propriedades evidenciam a utilidade do consumo regular de bebidas que contém cafeína, particularmente o café, por pacientes asmáticos.
  
       SISTEMA GENITURINÁRIO 

        A ingesta aguda de cafeína produz um moderado aumento no volume de urina e na excreção urinária de sódio no ser humano, atuando nos túbulos renais, onde causa uma diminuição da reabsorção de sódio e água.
É possível imaginar a utilidade da cafeína para se obter uma diurese (aumento da excreção urinária) no organismo humano de forma transitória, como no período pré-menstrual, ou mesmo em situações onde ocorre retenção lenta e gradativa de líquidos, como a insuficiência cardíaca discreta e moderada. Esta hipótese precisa ser confirmada através de pesquisas clínicas.

      SISTEMA NERVOSO CENTRAL ( SNC )

       Todos os nossos órgão estão sob o comando do SNC e a cafeína é um poderoso estimulante do mesmo. A quantidade de 250 mg de cafeína, o conteúdo de duas a três xícaras de um café forte estimula a vigília, bem como os reflexos mais simples, enquanto que tarefas que envolvam uma coordenação motora mais delicada podem permanecer inalteradas ou serem levemente prejudicadas. É possível detectar-se o efeito estimulante da cafeína através de eletroencefalograma.
       Estudos recentes descobriram que a cafeína age diretamente em células ligadas ao estado de ânimo das pessoas. Quando um indivíduo fica aborrecido, algumas substâncias químicas neurotransmissoras, como a adenosina, são liberadas e estimulam receptores das células do humor. A cafeína bloqueia estes receptores no cérebro, impedindo-as de agir, deixando a pessoa bem-humorada.
       Grandes doses de cafeína produzem ansiedade e sintomas idênticos aos de uma neurose de ansiedade, incluindo insônia, cefaleia, irritabilidade, tremores, náuseas e diarreia. Pessoas com alterações psiquiátricas tipo reações de pânico, esquizofrenia e sintomas maníaco-depressivos são mais sensíveis aos efeitos da cafeína.
   
Existe entretanto uma grande variação individual na resposta do sistema nervoso central aos efeitos da cafeína. Pessoas que tomam café ocasionalmente podem apresentar efeitos diferentes daquelas que o tomam diariamente.
  • SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO
       Em pesquisas com seres humanos, é possível observar que a cafeína aumenta a força desenvolvida por grupos musculares após a estimulação nervosa. Esta maior capacidade de contratilidade muscular parece ser devido ao aumento da quantidade de cálcio disponível para o processo contrátil na fibra muscular.
  • SISTEMA DIGESTIVO
   
     A cafeína estimula a secreção gástrica de ácido clorídrico e da enzima pepsina no ser humano, em doses a partir de 250 mg (duas xícaras de café forte). Logo, em pacientes com úlcera péptica, não apenas a cafeína, mas todo e qualquer tipo de bebida oriunda destes grãos (cola, coffea arábica, etc.) devem ser evitados. Deve ser enfatizado entretanto, que esta associação direta entre a ingesta de bebidas com ou sem cafeína e um possível maior risco de úlcera péptica ainda não foi definitivamente investigada e esclarecida, através de pesquisas clínicas convincentes.
  • SISTEMA ENDÓCRINO
    
    A cafeína estimula a produção de calor pelo organismo humano - efeito termogênico - havendo evidências de que possa ter algum efeito benéfico para o emagrecimento de pessoas obesas, quando ingerida junto com as refeições.
A cafeína causa um aumento nos níveis de ácidos graxos livres no sangue, tanto em pessoas que não bebem regularmente estas bebidas, como nos usuários crônicos. Este efeito ocorre devido a uma liberação das gorduras de seus depósitos (lipólise), muito provavelmente em conseqüência de sua ação antagonizando os efeitos da adenosina no tecido adiposo, assim causa também um efeito de poupar as reservas corporais de carboidratos.
A ingesta de bebidas com cafeína por uma pessoa que não faz uso regular da mesma pode causar um aumento dos níveis de alguns hormônios, como a renina, as catecolaminas e mesmo insulina e o hormônio da paratireoide. Estes efeitos entretanto não ocorrem na pessoa que faz uso regular da substância, pois ocorre uma adaptação do organismo, não mais havendo estes aumentos.

  • EFEITOS COLATERAIS E INTOXICAÇÃO
Há poucos casos de intoxicação retratados pela cafeína.
As principais manifestações ocorrem no sistema nervoso central e cardiovascular. Insônia, agitação e hiperexcitabilidade são manifestações iniciais.
Na hipersensibilidade à cafeína a pessoa sente-se inquieta, agitada, com um distreto mal-estar e ansiedade. A seguir ocorrem taquicardia, sensação de zumbido no ouvido e distúrbios visuais parecendo faíscas no ar. A musculatura torna-se tensa e trêmula, podem ocorrer palpitações, devido ao surgimento de extra sístoles (coração).
É possível afirmar que o uso de doses moderadas e regulares de café na gestação não traz qualquer tipo de prejuízo para a saúde da mãe ou do feto.
O papel da cafeína na produção de arritmias cardíacas e úlcera gástrica ou duodenal permanece incerto, necessitando de maiores investigações; já existem algumas evidências médicas de que a cafeína não causa problemas para pacientes com doenças cardíacas. 
  • CAFEÍNA NO EXERCÍCIO
        
       O Comitê Olímpico Internacional (COI) proíbe altas doses de cafeína no organismo. Atletas olímpicos com mais de 12mg de cafeína por mililitro de urina podem ser desqualificados da competição. Isto equivaleria a: 4 canecas de 280ml de café; 16 colas; 25 Anacim; 4 vivarin... isto é, altíssimas doses.
        A cafeína ingerida antes do exercício tem um efeito diurético, principalmente se a pessoa está desacostumada a beber café mas pesquisas recentes mostram que quando ingerida durante o exercício, ao invés de antes, não promove maior perda de urina.
Corredores que tiveram a cafeína equivalente a 2 xícaras de café (330 mg cafeína) uma hora antes de um trabalho exaustivo correram 15 minutos mais do que quando eles se exercitaram até o esgotamento sem a cafeína. (Costill, Dalsky e Fink, 1978). Em um estudo mais recente, ciclistas que usaram 2,5 gramas de cafeína por quilo de peso corporal, exercitaram-se 29% mais em ciclismo de alta intensidade 
(Trice & Haymes, 1995).
       Pesquisas não mostram, entretanto, qualquer efeito da cafeína sobre a força muscular máxima durante contrações musculares voluntárias como quanto estimuladas eletricamente. Mas em esforços submáximos de força, parece a cafeína poder retardar a fadiga ( talvez pela influência sobre a sensibilidade das miofibrilas ao íon cálcio ).
  • CURIOSIDADES
Evidências recentes das propriedades broncodilatadoras da cafeína, é tentador formular-se a hipótese de que seja possível o uso de um xarope de cafeína para o tratamento de asmáticos ou mesmo o desenvolvimento de bebidas cujo uso crônico, com um teor adequado de cafeína, possa prevenir a obstrução crônica ao fluxo aéreo observada nos fumantes inveterados

Amplitudes

         Diz o grande treinador de bodybuilders profissionais Milos Sarcev: meio movimento, meio resultado. Mas por que seria assim? Quais são as vantagens em ser assim? Quais são as desvantagens de ser assim e quais são os problemas eventuais que podemos enfrentar por ser assim ou ao contrário?

       Nesse material em específico vou pegar grandes nomes emprestados como Milos Sarcev, Waldemar Guimaraes, Fernando Marques e Charles Glass, porque o que aprendi foi com o estudo do trabalho destes senhores, educadores físicos e treinadores por excelência, que gastaram anos de trabalho e treinamento, de seus alunos e seus próprios físicos, para desenvolverem a biomecânica do bodybuilding como ela é atualmente.
      Começando com o assunto , então por que amplitude é tão importante? Qual o lugar dela no treinamento do fisiculturista?
      Treinar em máxima amplitude é  trabalhar com o músculo em várias situações de torque, do máximo alongamento e mínimo torque, ao máximo encurtamento e máximo torque. Fazer desta forma privilegia o equilíbrio muscular, o trabalho dos antagonistas e sinergistas e a saúde do músculo, desde que respeitada a situação que o esportista o expõe: a posição de máxima amplitude também é a de maior risco de lesão muscular ou tendinosa, portanto, exercícios em grandes amplitudes são para treinar primariamente coordenação intermuscular, não força através de grandes cargas.

       Coordenação intermuscular é a capacidade neurológica aprendida e treinada de controle da musculatura de um segmento do corpo em realizar um movimento com o máximo aproveitamento da no tocante a transformação de energia potencial em energia cinética seguindo uma seqüência ou ordenamento de ativação muscular onde cada músculo contraia na sua faixa ótima de trabalho, obtendo-se assim um movimento de máxima energia cinética resultante desta contração. Ficou difícil? Imagine o seguinte então: um sujeito está fazendo supino.
       A contração do peitoral, deltoide anterior e tríceps se dá numa ordem tal que o peso sobe, e sobe equilibrado pelo trabalho da musculatura antagonista. Movimento perfeito, certo? Agora, imagine que o mesmo sujeito decide que, em vez de levantar o peso da melhor forma possível, vai utilizar primariamente o tríceps para tal trabalho. Ele pode até fazer tal mudança na finalidade de treinamento, mas se não se adequar à nova necessidade, o peitoral maior por ter uma força maior poderá, se utilizado da mesma forma que num supino tradicional, desequilibrar todo movimento. Quer outro exemplo? 


        O iniciante, quando está aprendendo a realizar supino ou qualquer outro exercício, treme inteiro e se contrai inteiro, isto porque, coordenação intermuscular também tem a ver com a nossa capacidade de relaxar o antagonista para poder realizar o movimento ideal e dessa forma treinar o músculo agonista adequadamente, como no caso de aprendermos, ou melhor, nosso córtex motor aprender, a relaxar o tríceps enquanto realizamos um exercício de flexão de cotovelo para treinar nosso bíceps. Sendo assim, máximas amplitudes são utilizados geralmente em exercícios básicos, realizados normalmente com pesos livres e em geral peso de trabalho adequado para se fazer o melhor movimento e não a maior carga. Você pode até me contestar dizendo que o fulano faz agachamento com impressionantes 250kg e realiza um movimento perfeito e que ele está fazendo pesado e que teoricamente pelo que você entendeu, ele deveria fazer este exercício leve… concordo contigo, mas o que vem a ser pesado para ele será que é o mesmo para você? Por isso que o treinador dele prescreve o treinamento dele com base nas cargas máximas dele… porque dessa forma leve ou pesado é algo objetivo, feito de acordo com a capacidade máxima do esportista. Assim, 250kg pode ser pesado para você, mas para o fulano pode ser 40% da carga máxima dele, o que teoricamente, para ele naquele determinado momento é leve, ainda que um dia não tenha sido da mesma forma que hoje não é para você… entendeu agora?


        Outra vertente fala da contração em espotes, que prega utilizar o músculo somente na amplitude de movimento em que ele realiza o maior trabalho. Veja o supino inclinado por exemplo: se você for pedir orientação ao professor Waldemar Guimarães ele vai lhe falar sobre o quanto atletas se arriscam a realizar supino livre e o quanto deveriam preferir maquinas articuladas convergentes pela sua segurança de trabalho, se for falar com o professor Fernando Marques, dependendo da sua capacidade e momento que você se encontra,  ele vai lhe colocar numa seqüência de variação biomecânica de 2 ou 3 exercícios em diferentes posições trabalhando a mesma musculatura em múltiplos ângulos oferecendo a você fadiga da mesma forma mas com um método diferente. Logo, não há uma regra, ou um certo-errado, faça-isso-faça-aquilo… tudo depende do momento em que você se encontra da sua performance física que define exatamente a sua capacidade atlética e portanto, as deficiências que precisam ser trabalhadas.
       Senhores, treinamento em essência, trata de desenvolver habilidades tanto quanto melhorar as que já possuímos e um erro muito comum, aí assim erro, é o esportista treinar apenas aquilo que ele gosta mais, e portanto, tem de melhor… daí vemos andando por aí homens-peito-e-biceps, mulheres-bunda e outros desequilíbrio dignos de orientação. Um corpo bacana é conquistado com adequações, desproporções agradáveis ao olhar definidas por um olhar técnico que seja capaz de orientar a você quais são suas deficiências e portanto refazer sua estratégia de treinamento. Não conheço ninguém que tenha ido muito longe treinando ABC, peito e bíceps na segunda e matando quarta- feira porque é “ombro-e-perna” com a velha explicação: ombro eu pego treinando peito e costas e perna não precisa porque eu sempre visto calças… cuidado… roupa no Brasil é diferente do resto do mundo: no Brasil, culturalmente a roupa é feita para destacar qualidades e não para esconder defeitos… pense nisso.

Voltando ao assunto treinamento:

       Estas técnicas avessas ao treino em amplitude máxima tendem a ser, de fato, mais seguras, desde que respeitados certos limites. O curioso é que são os mesmos limites dos treinos em amplitudes máximas: cuidado com o peso e a execução! Se por um lado trabalhar na amplitude máxima com carga vai te arriscar a uma lesão miotendinea, trabalhar na amplitude alvo com cargas exageradas vai lhe causar um aumento de pressão intra-articular, já que o peso suportado tende a aumentar, e a partir daí a diferença é que a estrutura a ser lesada muda de um tendão e um músculo para uma cartilagem e um ligamento.
        Assim, o recado final é: conheçam mais sobre os métodos de consistência da contração muscular, contração em deslizamento ou em “squeezing”, contração de pico, trabalho excêntrico, repetições forçadas e super slow… vocês vão entender que treino para fisiculturista é muito diferente de chacoalhar o esqueleto que diuturnamente observamos, com pesar, nas academias espalhadas por esse mundão afora…

Repensem seus conceitos e fiquem atentos!
Abraço com muita performance e muita saúde, claro…