terça-feira, 8 de março de 2016

Barra de cereal?

BARRAS DE CEREAIS, PROTEICAS, ENERGÉTICAS, DIET, LIGHT, ... CONHEÇA AS DIFERENÇAS, AS ARMADILHAS, AS 100% VEGETAIS(VEGAN) E QUAIS VALEM CONSUMIR.


        De uns anos para cá, as barrinhas de cereais viraram verdadeira mania para as pessoas preocupadas com a forma física e para quem procura um lanche mais saudável e rápido, e para os vegetarianos / veganos antenados com as novidades. Não é difícil entender porque as barrinhas se tornaram um alimento curinga na vida moderna. Pequenas, não perecíveis e embaladas individualmente, podem ser transportadas na bolsa, levadas em viagens, e consumidas em qualquer hora e local. Pois basta rasgar a embalagem e pronto!
        Dependendo da barra, podem apresentar vantagens nutricionais, são saborosas e atendem a diferentes paladares.
         Algumas substituem muito bem uma sobremesa e são boas opções para quem sente falta de um “docinho” durante o dia. Ou seja, além de saciarem a vontade de comer açúcar, elas possuem nutrientes que agregam benefícios ao corpo todo.
       Tanta versatilidade fez das barrinhas praticamente um sinônimo de lanche entre as refeições. Com a barra na mão, é possível combater o jejum prolongado, o grande vilão de quem luta contra a balança. As barrinhas fornecem nutrientes para que o metabolismo se mantenha ativo, gastando energia e mantendo o apetite controlado.
       Alguns até deixaram de se alimentar com cereais e/ou frutas secas (ou desidratadas), do tipo granola, flocos de milho e muesli, e uva passa, banana passa, castanhas, nozes, tâmara seca, etc., principalmente no café da manhã, para saborear as práticas barrinhas. Esta pode ser uma opção vantajosa para substituir biscoitos, salgadinhos e doces, na hora que bate aquela fome entre as refeições, seja pelas calorias, seja pelo valor nutricional.
       Daí virou sucesso: não param de surgir novos sabores e propostas nas prateleiras de supermercados, barraquinhas de camelô e lojas de produtos naturais.
        Para se ter uma ideia desse crescimento, a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos informa que, em 1998, foram consumidas 78 milhões de barras e, em 2004, o consumo saltou para 410 milhões. Os cereais e ou barras de cereais tiveram um crescimento de 14% de 2003 para 2004. E como essa expansão continua até hoje, muitas dúvidas persistem. Quais são as realmente 100% vegetarianas, ou seja, sem nenhum produto ou derivado animal? Não levam produtos geneticamente modificados (transgênicos)? Qual escolher? Qual a diferença entre barra convencional (de cereal), energética, proteica ou as substitutivas? O que são barrinhas fibrosas, diet, light e com sementes? Quais as realmente saudáveis, que valem o investimento?
        Contudo, para ser eficiente, o produto escolhido precisa apresentar uma composição nutricional impecável. Isto significa que deve conter fibras, carboidratos e proteínas na medida certa, além de pouca gordura e esta, saudável, e ainda, agregar vitaminas e sais minerais.
É bom conhecer cada uma delas, para saber qual a mais indicada.
        As barras de cereal (as convencionais) são as mais comuns e consumidas em maior quantidade. Em princípio, elas significam (dependendo, claro da composição) alimentação de qualidade: além de ricas em proteínas (soja e derivados) e carboidratos complexos (aveia, flocos de arroz integral, quinua, amaranto, farelo de trigo), utilizam açúcar não refinado (açúcar mascavo, melado) ou adoçante (stevia, sorbitol, sucralose), gorduras insaturadas (óleo de girassol, soja, milho e lecitina de soja não transgênicos, ou linhaça) e fibras (farelos, ameixas, passas, frutas secas e desidratadas, cereais).
        Os carboidratos complexos, presentes nos cereais integrais, liberam o açúcar gradativamente, diminuindo a sensação de fome, enquanto as gorduras insaturadas (as benéficas) aumentam o bom colesterol (HDL). As fibras, por sua vez, contribuem para o funcionamento do intestino (evitam a prisão de ventre e diminuem o risco de câncer de cólon), protegem contra o mau colesterol (prevenindo enfartes e derrames) e o diabete tipo 2 (o pâncreas é poupado). São de dois tipos: fibras insolúveis, presentes nas verduras, legumes, cereais, grãos e farelos; e solúveis, encontradas nas frutas, leguminosas, na aveia, na lentilha e no grão de bico.
         Para o emagrecimento os alimentos fibrosos são fundamentais: aumenta em sete vezes seu volume no estômago, fazendo com que se coma menos nas refeições e trazendo a impressão de saciedade, já que permanecem mais tempo no estômago e, por feliz coincidência, são menos calóricos. Uma grande vantagem das barras para quem está de dieta é fornecer um invejável leque de vitaminas e minerais em poucas calorias, visto que cada unidade possui em média, entre 70 a 100 calorias. Isso porque o amido e as fibras presentes nos cereais são digeridos de forma mais lenta que outros tipos de carboidratos, como, por exemplo, a frutose, encontrada nas frutas. E claro que, quanto mais demorada a digestão, mais saciedade o alimento proporcionará.
     Um adulto deve ingerir de 20 a 30 gramas de fibra, diariamente segundo a OMS (Organização Mundial da  Saúde). Calcula-se que 90% das pessoas não consigam consumir essa quantidade nas refeições do dia a dia, é aí, por exemplo, que as barras industrializadas podem ser boas aliadas. Cito as barras de cereais (ou fibrosas) que podem fornecer até 3 gramas (algumas até mais!) de fibras a unidade, menos gorduras e uma quantidade moderada de carboidratos. Mas para alcançar o limite exigido de fibras diárias, não deixe de caprichar na ingestão de frutas, verduras e legumes também.
        Entretanto, não é porque fazem bem que as fibras devem ter passe livre e irrestrito no seu cardápio. Exageros no consumo são contraproducentes. Em excesso, as fibras costumam varrer nutrientes preciosos do intestino. O cálcio, o ferro, o zinco e o magnésio têm sua absorção prejudicada por esse exagero. Por isso, olho vivo no rótulo das barras para ver a quantidade de fibras e evite o exagero. Quanto às crianças, é preciso fazer uma conta simples: some 5 gramas de fibras e a idade. O resultado é a quantidade permitida. Por exemplo: um menino de 6 anos deve consumir 11 gramas de fibra. Para se ter uma ideia da quantidade de fibras diárias ideais: consuma em cada refeição um pires de verdura, um de legumes e uma fruta ou uma porção de cereais ou pão integral e uma fruta.
       A criança deve consumir no máximo uma barra, pois não esqueça de que, apesar de apresentarem componentes benéficos à saúde, muitas destas levam muitos aditivos e substâncias químicas no processo de industrialização.
      Muito importante: nada funcionará sem água. Ela ajuda a fibra na formação do bolo fecal. Além disso, as fibras solúveis precisam de água para se transformar numa espécie de gel, que dão a bendita sensação de saciedade. Portanto, independente do tipo de fibra, a digestão das barras exige muito líquido. Não espere pela sede, tome mais água ao longo do dia.
        Muitas barras trazem ingredientes saudáveis: frutas desidratadas e secas (como banana, maçã, manga e uva), sementes (como girassol, gergelim, linhaça, chia) e cereais integrais (flocos de aveia, quinua, milho sem transgênia e arroz integral). Outras contêm oleaginosas, como nozes, avelã, castanha de caju e, principalmente, a castanha do Pará, rica em selênio, elemento antioxidante que favorece a regeneração celular. Esses são os componentes ideais numa barra. Há as que oferecem, contudo, menos qualidade nutricional e mais parece um doce. Com tantos tipos de barras à venda, deduz-se que nem todas seguem a ideia inicial. Resta ler o rótulo e comparar sabores e marcas.
         Evite a que contém chocolate, principalmente, a cobertura de chocolate, que não é chocolate puro 0% de lactose (e principalmente prefira os acima de 50% cacau), mas tem muita gordura hidrogenada. Também corra dos flocos de arroz branco (refinado), do açúcar refinado, ou outros açúcares, como glicose ou glucose de milho (a maioria proveniente de transgênicos), xarope de glicose, açúcar invertido, e da gordura saturada.
       Uma das gorduras saturadas, que ainda é utilizada é a gordura vegetal hidrogenada e/ou trans, que aumenta o mau colesterol, diminui o bom colesterol em até 20%. Segundo pesquisa no início do século XXI da Universidade de Harvard, nos EUA, comparando um grupo com câncer de mama e outro de mulheres saudáveis, ficou demonstrado que o consumo de gordura trans era consideravelmente maior no grupo de risco.
         Desde 2006, por determinação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os fabricantes são obrigados a identificar a presença de gorduras trans e sua quantidade nas barras. E como não se deve ingerir mais de 2,2 gramas dessa gordura por dia – o equivalente a um único biscoito recheado de chocolate ou um pacote pequeno de pipoca feito nas micro-ondas – para não sofrer seus malefícios, evite barras com esse ingrediente. Mesmo assim, desconfie um pouco do que se lê nas embalagens, pois a fiscalização é falha neste quesito.
       Muitas indústrias saíram na frente e modificaram as fórmulas de algumas barras, livrando-se da gordura inimiga. Muitas indústrias substituíram a gordura trans, por gordura refinada de palma. Apesar de ser de origem vegetal, o óleo extraído da polpa do coquinho da espécie “Elaeis Guineensis”, que também produz o azeite de dendê, é refinado e contém gordura saturada, que aumenta a tendência às doenças cardiovasculares. Conclusão: consuma com parcimônia e prefira o óleo de palma orgânico nas barrinhas.
        Ideais para serem integradas às dietas encontram-se nas prateleiras barras light e diet, e até opções salgadas. Lembre-se, porém, de que nem sempre as light (com 50% a 80% menos de gordura) são de baixas calorias: algumas somam 120 calorias ou muito mais. Ou vice-versa: existem barras de baixas calorias (com 70 a 80 calorias) que são ricas em gorduras saturadas, como são os casos daquelas feitas com chocolate e cobertura de chocolate.
        Já as versões diet, produzidas com frutas e cereais, contém em geral 50 a 80 calorias e zero de gordura saturada.
        E para quem está de dieta, o melhor horário de consumo é pela manhã ou à tarde, quando o metabolismo acelera.
       Consumir uma unidade da barrinha nos lanches da manhã ou da tarde é o suficiente para garantir energia por, em média, duas horas.
        Para manter um lanche balanceado com as barrinhas é sempre recomendado associar a algum alimento fonte de proteína e gordura do bem. Dessa forma, a refeição torna-se equilibrada e a digestão será mais lenta, mantendo a glicemia controlada e maior sensação de saciedade.
       Algumas opções de lanches balanceados: Barrinha junto com 3 a 6 amêndoas, ou barrinha com um copo de leite de soja orgânico ou outro leite vegetal (aveia, nozes, gergelim, etc.), ou ainda, a barrinha com um pedaço de tofu, ou com iogurte vegetal, ou com um pãozinho “tipo queijo” vegano, etc.
       Além da variedade enorme de sabores com mais ou menos calorias, há barras com propostas alimentares diferentes, por isso, atenção é fundamental na hora da escolha. Vamos entender como funcionam os sete tipos no nosso organismo e no dia a dia:
Barras convencionais
São as mais conhecidas, até por terem sido as pioneiras. A maioria contém cereais, fibras, frutas secas e frutas desidratadas, sem nutrientes extras. Nessa categoria, destacam-se basicamente dois grupos: as integrais e a as comuns. As integrais são, realmente, um lanche saudável e balanceado. Também podem ser chamadas de barras fibrosas. Trazem nas suas composições cereais integrais, principalmente, aveia, arroz, milho (prefira sem transgenia), centeio, trigo e cevada, e nada de gordura hidrogenada ou açúcar refinado ou produtos de origem animal. Mas, atenção: aquelas com cobertura de chocolate, chocolate branco (a grande maioria a base de leite animal) e flocos de arroz refinado são mais calóricas, ricas em gorduras e nutricionalmente mais pobres.
Entre as convencionais, há varias opções light e diet, próprias para uma dieta de emagrecimento. É uma boa opção para consumir de uma hora a uma hora e meia antes da atividade física moderada, sem ficar com o estômago pesado. Por serem ricas em fibras e carboidratos complexos, não rendem energia rápida. Em compensação, entram na corrente sanguínea de forma gradativa, garantindo pique por um bom tempo.
As barrinhas fibrosas (cereais) também são indicadas como lanche entre as refeições principais, pois ajudam a segurar a fome. Vale ter na gaveta do escritório ou na bolsa.
Barras energéticas 
Particularmente recomendadas para esportistas e atletas, têm a função de suplemento energético para atividade física, em virtude de sua rápida absorção e utilização pelo organismo. Só que, ao contrário das proteínas, devem ser consumidas antes da sessão de exercícios ou competição. Diferentemente das barras comuns, cuja energia vem dos flocos de cereais e do açúcar, estas aqui contém ingredientes específicos (como açaí, guaraná, café e acerola) que estimulam o metabolismo basal e garantem mais disposição para a prática esportiva. 
Além de energéticos naturais, oferecem também preparados de frutas cristalizadas, como laranja, mamão, uva, passa, banana, pêra ou maçã, açúcar do milho (evite as transgênicas) e frutose, o açúcar das frutas. Normalmente são barras ricas em glicídios (gorduras), diversos tipos de açucares, portanto bastante calóricas, e pouco indicadas para os que se preocupam com a balança.
 
Qual a diferença entre as barras energéticas e de cereais? 
A diferença básica é a quantidade de carboidrato. Apesar de conter um pouco desse nutriente, as barras de cereais são cheias de fibras e, por isso, têm a digestão mais lenta. Elas devem ser consumidas pelo menos uma hora antes do treino ou depois dos exercícios, para repor as energias. 
Já as barras energéticas contêm basicamente só carboidrato, praticamente o dobro das barrinhas de cereais e, portanto, são mais calóricas. Algumas opções podem vir, inclusive, cobertas com chocolate ao leite (produto de exploração animal e que aumenta o índice de colesterol) ou recheadas com mel (produto de exploração animal e que sobrecarrega o pâncreas). Assim, vale ficar atenta ao excesso de gorduras saturadas e de açúcar descrito na embalagem. 
Estas barras energéticas têm o objetivo de fornecer energia rápida e fácil de ser aproveitada. Por isso, são indicadas para esportistas antes de treinos intensos, como lutas marciais, corrida de longa duração ou de velocidade (sprint), ciclismo de competição, trekking de longas distâncias, power yoga e musculação pesada, com mais de uma hora de duração. 
Então, as barrinhas energéticas podem ser digeridas antes ou após a prática de exercícios físicos, visto que são de fácil absorção, poupando parte do conteúdo muscular e diminuindo a fadiga. Também podem ser utilizadas durante atividades físicas longas e que demandem mais energia. 
Além disso, podem ser utilizadas como fonte de energia no dia a dia para aqueles que não têm preocupações com a balança.
Barras proteicas 
Indicada preferencialmente para quem pratica atividade física intensa, como os esportistas amadores ou profissionais: alpinistas, halterofilistas, lutadores de arte-marcial, maratonistas, praticantes de trekking e Power yoga, e outras atividades de longa duração. São chamadas de compensadores por suprirem a perda de proteínas ocorrida durante os exercícios – cada barra tem de 10 gr a 40 gr do nutriente.
Em relação a uma carne de origem animal como o frango ou a um pedaço de queijo, por exemplo, as barras proteicas 100% vegetais apresentam maior “biodiversidade”, isto é, sua proteína é mais facilmente metabolizada pelo organismo e transformada em energia ou massa muscular; e ainda, evitam a matança e exploração animal. A carne de origem animal, como o frango depois de percorrer todo o trato digestivo, disponibiliza apenas 30% do total de proteínas para o organismo, o restante se perde no trajeto. A proteína da barrinha, ao contrário, é total e rapidamente assimilada, pois é composta de concentrados que passaram por um processo tecnológico de pré-digestão durante sua fabricação. Prefira as proteínas que são retiradas da soja (PIS – a proteína isolada da soja), e ainda podem ser enriquecidas com cálcio. Essa categoria oferece vários sabores, que incluem frutas, amendoim e chocolates 0% lactose. Mas não se esqueça que, para os praticantes de exercícios moderados (aproximadamente de uma a duas horas por treino, com frequência de até cinco vezes por semana), as proteínas de antes do exercício não funcionam bem como fonte de energia. Dificultam a queima de gordura e, ainda, são cheias de calorias, portanto, engordam. O certo é o consumo após o esforço prolongado.

Barras substitutas de refeição 
Criada especialmente para quem quer perder peso, sua formulação objetiva manter um completo equilíbrio nutricional, como substitutas do lanche da manhã ou da tarde. Funcionam aproximadamente como os “shakes” para dietas de emagrecimento. Segundo os fabricantes, essa característica faz com que o produto seja ideal tanto para a manutenção das formas, como para o emagrecimento com saúde. Mas, para esse fim, procure consumi-las com acompanhamento médico ou de uma nutricionista vegetariana.
Evite trocar pelas refeições principais. Já que podem auxiliar o emagrecimento, mas não conseguem de forma alguma, substituir eficazmente uma refeição nutricionalmente equilibrada.
Barras diet 
Possuem as mesmas propriedades das barrinhas tradicionais, porém, são isentas de açúcar (sacarose). O ponto positivo é que geralmente são menos calóricas que as outras barras. Mas não devem ser confundidas com as barras substitutivas de refeição, pois algumas são de volumes maiores e podem ser mais ricas em termos de nutrientes (proteínas, vitaminas e sais minerais) se comparadas com as diet. As barras diet são indicadas para a população diabética (mesmo assim, consuma com o aval médico ou de nutricionista) ou pessoas que estão submetidas a dietas com restrição de açucares. Podem ser consumidas nos intervalos das refeições.
Barras light 
Possuem redução de pelo menos 25% em algum nutriente específico, como por exemplo, gorduras totais, sódio (sal) e carboidratos.
Entretanto, é preciso ficar de olho na embalagem para não ter surpresas desagradáveis no peso, pois nem sempre produtos light são sinônimos de poucas calorias.
Não obstante, dependendo do produto, o aporte reduzido de um nutriente pode deixar a barrinha mais magra. Por exemplo, uma barrinha com zero por cento de gordura adicionada e se acrescida de alimentos com baixo teor calórico total, certamente é uma opção vantajosa para os que estão de olho na balança. E os hipertensos devem ficar atentos na informação nutricional das embalagens, pois muitas barras, mesmo doces, por causa do adoçante utilizado ou outros produtos agregados podem conter muito sódio (sal).
Barras com sementes 
Elas levam gergelim, quinua, linhaça e/ou chia. Por esse motivo são ricas em ácidos graxos mono e poli-insaturados (as chamadas gorduras boas!). Contam ainda com minerais como cálcio, fósforo e ferro, além de vitaminas do complexo B.
Os benefícios dos ácidos graxos estão relacionados à prevenção de doenças cardiovasculares e neurológicas. Já as vitaminas do complexo B são uma boa arma contra a fadiga.
São ideais para serem comidas nos lanches entre as refeições. As barrinhas com semente geralmente são pouco calóricas, por serem de tamanho diminutivo, em média de 10 gramas cada, e por levarem adoçantes no lugar de açucares, e nestes casos, podem ser utilizadas em dietas de perda de peso.
Quando comprar barrinhas, escolha usando essas informações e pesquise muito nas prateleiras. Para se ter uma ideia, depois de percorrer lojas de departamentos, mercados e lojas de produtos naturais procurando uma barra nutricionalmente equilibrada, zero de lactose, sem derivado animal, sem gordura saturada ou trans, sem açúcar refinado, repleta de cereais integrais e frutas, e com poucas calorias, achei algumas poucas (se comparadas com a imensa quantidade oferecida no comércio) com estas características, como vocês podem verificar nas fotos. E mesmo assim, acabei escolhendo barras com açúcar refinado, desde que orgânicas, ou com açúcar mascavo, para dar mais opções de consumo. Já que são poucas as barras que se encaixam no “perfil ideal” pelo que pude constatar, na verdade, são mínimos os fabricantes que colocam no mercado uma barra realmente saudável, light e/ou diet.
Aqui uma análise rápida sobre as barras industrializadas 100% vegetais e saudáveis, que indico para consumo, com contato do fabricante para informação de locais de compra e informações extras:
1 - Barras de cereais – zero açúcar da marca Línea 
Apenas 69 calorias a barrinha de 25 gr. Baixo teor de gorduras totais (0,6 gr e 0% de gordura saturada). Alto teor de fibras (2,2 gr) e de carboidratos (17 gr) com flocos de arroz, aveia e maltodextrina, e com 1 gr de proteína. Contém Glúten. Valor moderado de sódio (15 mg), os hipertensos devem comer com moderação. Adoçado com sucralose. São dois sabores: banana e maçã, uva passa e canela. Boa, principalmente a de maçã, com forte “perfume de canela”. SAC: 0800-722-7546 / sac@lineasucralose.com.br
2 - Barra de frutas orgânicas Banana Power 
Minha barrinha favorita oferece uma boa dose de energia e é 100% com ingredientes orgânicos! Recomendo sem medo! São 81 calorias em uma barrinha de 27 gr. Sem adição de açúcar ou adoçantes artificiais. Sem glúten e sem conservantes artificiais. Contém banana orgânica desidratada, maçã orgânica desidratada e amaranto orgânico em flocos. Teor baixo de gorduras totais (0,3 gr e 0% de gordura saturada) e de fibra (0,9 gr). Tem 1 gr de proteínas e sem sódio (sal) adicionado. Rico em carboidratos (18 gr), em sais minerais como fósforo (4,4 mg), cálcio (9,7 mg), ferro (0,5 mg), potássio e ômega 3 (quantidades não estipuladas). SAC (47) 3374-0590 /comercial@bananapower.ind.br
3 - Barrinha Castanhas e frutas Flormel 
Deliciosa, numa embalagem bem compacta, tipo “tablete” com 25 gr. São 83 calorias, 9 gr de carboidrato, 1,3 gr de proteínas e sem sódio. Tem elevado teor de gorduras (5,8 gr), entretanto, a maioria é de gordura saudável, já que, somente 1,8 gr provém da saturada (principalmente da gordura de palma. Repleto de fibras (2,2 gr) e sem glúten. Ingredientes: Castanha do Pará, bananas orgânicas desidratadas, castanha de caju, sorbitol, maltodextrina, coco desidratado, polidextrose, goma acácia e gordura de palma. www.flormel.com.br / flormel@flormel.com.br
4 - Barra Levittá Frutas – Salada de Frutas 
São 62 calorias numa barrinha de 20 gr. Também indico a versão “Nuts”. Cheia de carboidratos (15 gr), potássio (176 mg) e contém 1,5 gr de fibra alimentar e 0,7 gr de proteína. Quantidades insignificantes de gorduras totais e de sódio. Leva banana, maçã, damasco, uva, manga e abacaxi desidratados, e gordura de palma. Sem adição de açúcar ou adoçante, sem conservantes, aromas e corantes. Contém glúten. SAC 0800-644-1866 / www.bananabrasil.com.brsac@bananabrasil.com.br
5 - Barra de Granola Crocante - 7 grãos integrais orgânico – Sabor cacau e castanha do Pará - GranPure 
São 79 calorias numa barrinha de 20 gr. Fonte de proteínas (2,2 gr), carboidratos (10 gr), gorduras (3,2 gr no total e somente 0,8 gr saturada) e fibras (1,4 gr). Como contém sódio (18 mg), os hipertensos devem ficar atentos. Com aveia em flocos orgânica, açúcar cristal orgânico, flocos de trigo orgânico, gordura de palma orgânica, flocos de centeio orgânico, linhaça orgânica, quinua em flocos orgânicos, cacau em pó orgânico, açúcar invertido orgânico, flocos de milho orgânico, farinha de soja orgânica, canela em pó e sal. Contém glúten e açucares. SAC: (11) 4330-5473 / sac@granpure.com.br
6 - Barra de granola crocante de castanha de caju Svili 
Muito saborosa e realmente crocante! São 96 calorias numa barra de 21 gr. Também indico com outros sabores (canela, banana e aveia, e tem a de açaí com guaraná, que é uma barra energética). É feita com aveia em flocos, açúcar mascavo, óleo de soja, castanha de caju, extrato de malte e fermento químico bicarbonato de sódio. Repleta em carboidratos (12 gr), gorduras totais (4,2 gr e apenas 0,5 gr de gordura saturada) e mineral potássio (32 mg). Tem ainda, 1,5 gr de proteína, 0,95 gr de fibra e 1,9 gr de vitamina E. Os hipertensos devem consumir com parcimônia, pois contém 18 mg de sódio. Contém glúten e açúcares.
7 - Barra de Sementes Levittá – Gergelim e quinua 
Mini barras de 10 gr com apenas 37 calorias. Também indico os outros sabores das barras de sementes (gergelim e castanha de caju, gergelim e chia, etc..) Contém gergelim, quinoa, maltodextrina, sal iodado, edulcorante natural maltitol ou isomalte, antiumectante bicarbonato de sódio. Fonte natural de aminoácidos essenciais, cálcio (15 mg) e fibras (0,7 mg). Rica em carboidratos (5,8 gr), também contém proteínas (0,8 gr) e gorduras (1,9 gr no total e somente 0,3 gr de saturada). Sem adição de açúcar e contém glúten. Alto teor de sódio (30 mg) desaconselhado para os hipertensos.
8 - Crocante de Gergelim (Quinoa e Maçã) Airon 
Mini barrinha de 10 gr de 45 calorias. Também indico os outros sabores da marca (gergelim, gergelim e linhaça, etc.). Esta barra leva gergelim, maçã, quinoa, maltodextrina, bicarbonato de sódio, cloreto de sódio, poliol-isomalte, sucralose e acessulfame K. Rica em carboidratos (5 gr), proteínas (1 gr), gorduras (totais 2,9 gr e somente 0,4 saturada), cálcio (8 mg) e sódio (5,5 mg). Também contém as benéficas gorduras ômega 3, 6 e 9, além de fibras (0,5 gr), ferro (0,5 mg), e quantidades menores de outros minerais e vitaminas. Apesar de não ter índices elevados de sódio em comparação a outras marcas, a quantidade é relativa, por isso, os hipertensos devem consumir com parcimônia. Sem adição de açúcar e sem glúten. www.docesemacucar.com.br / SAC: (16)3630-5900 /docesemacucar@terra.com.br.
As dicas estão dadas, agora preste atenção, pois muitas barras não oferecem o que se espera e não passa de doces travestidos de alimento saudável, que levam farinha de trigo branca (refinada), açúcar refinado, xarope de glicose (açúcar), de milho (a maioria proveniente de transgênicos, para saber por que contraindico os alimentos OGMs, leiahttp://www.ecocheervegan.com/ecologia-e-sustentabilidade/184-transgenicos-e-monsanto), gomas, conservantes artificiais, e as mais diversas gorduras nada salutares. E ainda por cima, acabam saindo bem mais caras que os doces convencionais. Nesse caso é bem melhor comer o seu doce favorito, pois não se “passará vontade”, e não se gastará a mais investindo em um produto que não vale o que apregoa.
Porém, se quiser ter certeza do que está ingerindo e, sobretudo, economizando uma boa grana, evitando o excesso de produtos químicos das industrializadas e se tiver um pouco de tempo disponível, faça suas próprias barrinhas. Não tem mistério ou necessidade de ser “mestre cuca”. Abaixo uma receita rica em fibras, sais minerais e vitaminas, e que não leva açúcar ou gordura acrescida, exceto às gorduras e açucares do bem proveniente naturalmente das sementes, grãos, frutas e oleaginosas.
BARRINHA DE CEREAL CASEIRA DIET
Ingredientes
1 xícara (chá) castanha - trocar por amêndoa opcional
1/2 xícara (chá) linhaça levemente triturada
1/2 xícara (chá) gergelim
1 xícara de gérmen de trigo
1 xícara de farelo de trigo
2 1/2 xícara de aveia prensada ou em flocos (preferencialmente orgânica)
1 colher (chá) canela em pó
1 pitada de sal marinho
1/2 xícara (chá) uvas passas (preferencialmente orgânicas)
1/2 xícara (chá) ameixa
1 xícara (chá) geleia de laranja diet (ou outra de sua preferência). Se preferir faça a sua própria geleia caseira a partir das frutas da época.
1/2 xícara (chá) coco ralado
1 xícara (chá) purê de abóbora (ou de batata doce ou de batata roxa assadas no forno ou cozidas no vapor e bem amassadas) 
Modo de preparo
Purê de abóbora: Cortar ao meio uma abóbora e coloque ambas as peças viradas para baixo numa assadeira coberta com papel alumínio ou levemente untada com óleo. Asse por cerca de 30 a 40 minutos em fogo médio (180°C), até que esteja bastante macia e tenra (e seca) para ser amassada. A intenção é que a água toda da abóbora se evapore e ela fique bem mole. Retire a casca (use como adubo orgânico para as plantas e árvores) e, para que seja mais rápido, amasse enquanto a abóbora ainda está quente; enfim, o purê estará pronto. Ou, faça o seu purê de abóbora usual. Misturar todos os grãos, sementes, frutas e geleia com o purê de abóbora já frio e amassado, para dar liga. Colocar numa assadeira retangular untada com óleo, espalhar com uma espátula e levar para assar por cerca de meia hora em forno pré-aquecido a 180°C. Esperar esfriar, cortar em retângulos e guardar. Dura uma semana num pote de vidro esterilizado e bem fechado. Se quiser embale em papel celofane e leve para o trabalho, escola, etc.. Também sugiro cortar mini barrinhas e servir em festas, reuniões, etc. 
Bom apetite!