Essa
é uma questão muito discutida entre os praticantes de musculação. Qual é a
diferença entre realizar a rosca bíceps com a barra W e a barra reta? Usar a
pegada aberta ou fechada? Qual é a contra indicação? Segundo
alguns autores a rosca bíceps na barra W com a pegada aberta dá uma ênfase
maior a cabeça longa do bíceps braquial, já a pegada fechada prioriza mais a
cabeça curta do bíceps braquial. Mas se entra em uma outra questão, há autores
também que dizem que como a mão na barra W fica em uma posição semi-pronada a
ênfase seria praticamente igual nas duas porções do bíceps, não importando a
pegada. Já na barra reta, como a mão fica em uma posição completamente
supinada, realmente foi constatada uma ênfase maior com a pegada aberta na
cabeça longa e com a pegada fechada na cabeça curta.
Mas
o uso da barra reta na rosca bíceps necessita de muita atenção, pois seu uso
prolongado está relacionado a uma grande chance de desenvolver uma epicondilite
lateral (também conhecida como cotovelo de tenista) ou uma epicondilite medial
(ou cotovelo de golfista) devido a grande estresse articular que esse exercício
proporciona aos tendões próximos a cápsula articular do cotovelo.
A
epicondilite trata-se de uma agressão mecânica no epicôndilo lateral ou medial
do úmero, local de origem dos tendões dos músculos supinador do ante braço,
extensores e flexores do punho e dos dedos. Normalmente é causada por esforços
de tração do músculo em movimentos repetidos ou por tensões repetitivas na
articulação do cotovelo que geram micro-rupturas dos tendões junto à sua
inserção no osso, e como os tendões têm pouca vascularização a sua regeneração
é mais difícil e lenta.
Geralmente
começa como uma ligeira impressão dolorosa no cotovelo, mas se o esforço
repetitivo for continuado a dor vai piorando progressivamente, podendo se
irradiar para o antebraço, punho e mão, a área atingida torna-se dolorosa ao
toque dificultando até mesmo atividades leves.
O
diagnóstico é essencialmente clínico, a primeira medida sempre será procurar
interromper a causa da patologia, ou seja, parar com o esforço repetitivo ou a
sobrecarga local, em conjunto emprega-se tratamento medicamentoso com anti-inflamatório e fisioterapia local, muitas vezes é necessário imobilização
do membro, caso não haja melhora pode haver necessidade de intervenção
cirúrgica. Estes tratamentos variam de caso a caso.
O
retorno às atividades deve ser lento e gradual, devendo-se evitar qualquer
exagero. Exercícios de alongamento junto com um aquecimento antes das
atividades físicas ajudam a prevenir as lesões de ligamentos, tendões e
articulações.
Sempre
que se sentir algum incômodo, ou dor na execução de qualquer exercício de sua
rotina de treino, comunique ao seu professor, para que ele possa tomar as
devidas providências para evitar o agravamento do quadro.
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