As
principais diferenças entre as duas estão relacionadas à textura, composição e
pigmentação, que dependem da espécie, idade, sexo, alimentação, atividade física
e hábitat do animal de que se originaram.
O
termo carne branca se refere às carnes de origem de aves e peixes, ainda que a
categorização da carne porco não tenha chegado a um consenso.
Ainda
que as chamadas carnes brancas sejam uma fonte de ômega 3 e 6, bem como de
ácidos graxos, o consumo das chamadas “carnes brancas” já é apontado como algo
potencialmente perigoso. Um estudo publicado no British Journal of Nutrition,
por exemplo, estudou a dieta de cidadãos escandinavos cujas dietas eram ricas
em peixes e apontou que elas elevavam de maneira significativa risco de um
derrame.
Com
uma grande redução no tempo de abate das aves, que caiu de cerca de 6 meses
para apenas 45 dias, a crença no uso de hormônios de crescimento ganhou força,
sendo recorrentes os alertas sobre os “frangos cheios de hormônios” como um
potencial perigo à saúde. Contudo, tais substâncias não são empregadas na
avicultura, mas sim o uso de compostos promotores de crescimento produzidos
pela indústria farmacêutica. Andréa Machado Leal Ribeiro, coordenadora do
laboratório de nutrição animal do departamento de zootecnia da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, diz que “é um grande mal-entendido. Não existe
nenhuma possibilidade de haver uso de hormônio em frangos de corte. Os animais
não respondem a essa substância, e ela não é viável economicamente”. Apesar
disso, o uso de promotores de crescimento é proibido em muitos países da
Europa, uma vez que eles podem contribuir para a resistência das bactérias aos
antibióticos, tornando os remédios desse tipo ineficazes para doenças humanas.
Carnes
Já
a quantidade de calorias varia conforme o teor de gordura da carne. Por
exemplo: um bife médio de carne bovina magra de aproximadamente 100 gramas
contém 146 kcal. Essa mesma quantidade de carne de galinha magra contém 124
kcal e de peixe surubim, 107 kcal, segundo a Tabela de Composição de Alimentos,
do IBGE.
Fala-se
muito que a carne bovina aumenta o nível de colesterol no sangue. Pesquisas
realizadas nos Estados Unidos (Davidson et al.: Archives of Internal Medicine,
139: 1331-1138, 1999), porém, mostram que não há diferença entre a carne
vermelha (bovina e suína) e a branca (de ave ou de peixe) quanto a isso. O que
acontece é que, geralmente, quando consumimos carne vermelha, consumimos também
uma quantidade maior de gordura saturada, aquela que acompanha muitos cortes de
carne, como a picanha, por exemplo. Esta, sim, é a maior responsável pelo
aumento do nível de colesterol.
O
consumo regular e em pequenas quantidades de carne vermelha magra é essencial –
principalmente para as crianças e para as mulheres em período pré-menstrual, a
fim de que haja suprimento adequado de minerais como ferro e zinco e de
vitaminas, assim como é importantíssimo também inserir na nossa dieta peixes e
aves e preferir assar e cozinhar a carne em vez de fritá-la. Assim, teremos uma
alimentação equilibrada e saudável.
Embora todo mundo logo associe carne vermelha a
gordura, ela está longe de ser seu principal componente. Em princípio todo bife
é suculento, já que cerca de 75% dele é pura água. O restante – além das sempre
lembradas gorduras – são proteínas, minerais e vitaminas. Aliás, tem uma
vitamina que só alimento de origem animal é capaz de nos oferecer: a B12,
essencial para a memória e para o aproveitamento do ferro, proveniente da
própria carne ou de outros alimentos. E a vermelha é campeã em B12.
Por
falar no ferro, a carne vermelha também é a sua melhor fonte. “A absorção do
ferro das carnes é seis vezes maior do que o de vegetais”, calcula a nutricionista
Semíramis Álvares, professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de
Campinas, interior paulista. Isso porque nos vegetais a concorrência é desleal
– o ferro convive com outras moléculas que atrapalham seu aproveitamento. “Elas
o deixam menos solúvel e mais difícil de atravessar a parede do intestino”,
descreve Semíramis.
Na
falta desse mineral, sobra cansaço, um dos sintomas da anemia. “A produtividade
cai 5% no mínimo”, garante o nutrólogo e cardiologista Daniel Magnoni. A
carência também está associada ao aumento de infecções. Ora, o ferro é
fundamental para as células de defesa – aí, faz dobradinha com o zinco, outro
mineral da carne vermelha que da força ao sistema imunológico.
Veja
abaixo alguns nutrientes dos diferentes tipos de carne:
Tipo
de carne Calorias
Proteínas Gorduras
Coxa
de frango – 1 (média) 161 kcal 18,09 g 9,32 g
Galeto
assado – ½ unidade 206 kcal 20,20 g 11,00 g
Peito
de peru – 3 fatias 103 kcal 21,66 g 1,53 g
Carne
moída – 3 colheres de sopa 226 kcal
30,80 g 14,10 g
Bife
de patinho – 1 (médio) 18 kcal 20,27 g 4,02 g
Medalhão
de filé mignon – 1 unidade 336 kcal 11,50 g 34,10 g
Bisteca
suína assada – 2 unidades 137 kcal 20,6 g 5,66 g
Lombo
suíno assado – 2 fatias 208
kcal 19,38 g 14,49 g
Lingüiça
frita – 2 unidades 364 kcal 12,70 g 32,40 g
Cação
ensopado – 2 postas 88 kcal 19,56 g 1,10 g
Truta
assada – 2 pedaços 196 kcal 23,50 g 11,20 g
Camarão
no vapor – 5 unidades 81 kcal 16,78 g 1,55 g
Os
dois tipos de carnes se complementam já que algumas vitaminas são encontradas
apenas em um dos tipos, então uma ingestão equilibrada de ambas além de variar
o cardápio das nossas dietas, irão nos ajudar diretamente nos ganhos de massa
muscular e a mantermos por mais tempo nossas dietas.
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